O Começo da História


Em Julho de 2009 nascia O Vale das Borboletas. Eu estava aproveitando as férias na cidade onde vivi a minha infância, Ibiracatu, cidade pequena e sem muitos atrativos que me envolvessem até o começo de agosto, quando ocorre a festa típica da cidade e minha casa reúne a maior parte da família.
Eu sempre gostei de escrever, embora nunca tenha dado o devido valor ao que fazia minha alma sorrir, perdendo por diversas vezes os poemas, rascunhos e histórias que criava. A leitura também fazia parte do meu cotidiano, devorava livros com mais de trezentas páginas em dois dias e isso era para mim um vício que deveria controlar, mas à medida que mergulhava nesse mundo veio-me a intensa necessidade de escrever algo que preenchesse todas as lacunas deixadas nas histórias que eu lia. Na verdade, eu sempre queria mudar alguma coisa, uma cena, um final, então por que não fazer algo que eu pudesse mexer e remexer até chegar ao livro que gostaria de ler?
O impulso final para a escrita aconteceu em uma tarde comum, era natural sentar na sala de estar da minha casa, e pedir para o meu namorado avaliar a última música que tinha aprendido a tocar no violão, e como se o destino desse um jeito de me cutucar, dizendo-me que a hora chegara, tocamos no assunto e acabamos fazendo uma aposta: escrever um livro. É claro que o meu namorado nem começou a escrever, mas no dia seguinte eu começava a rabiscar os primeiros capítulos em um caderno pequeno que comprei para o propósito.
Na época eu não tinha computador, na minha cidade, isso era quase um artigo de luxo, mas como as minhas necessidades na faculdade me exigiam, eu precisei adquirir um. Bem, dizem que quando o discípulo está pronto o mestre aparece. Ganhei o meu notebook em agosto e passei a escrever o livro diretamente nele, mas ainda guardo com carinho o caderno onde a história começou.
No princípio o título do livro era “Coração de Vidro”, mas à medida que a história ganhava vida com a inspiração de um lugar de Minas Gerais, geralmente pouco conhecido, e que servia de palco principal do romance, houve a mudança para O Vale das Borboletas. Capítulos foram tirados, personagens recriados, a história passou por diversas alterações, mas não cheguei ao livro que sonhei a princípio, então o abandonei em uma pasta de arquivos no meu PC por um período, já que o tempo para a escrita tornou-se ainda mais escasso, com aulas de inglês, conservatório, faculdade, estágio extracurricular.
Em 2011, uma nova força me impulsionou a continuar, eu já tinha publicado algumas poesias e conto, o que me dava ainda mais vontade de publicar um romance. Mudei novamente alguns capítulos, retirei outros e acrescentei o que mais me causou alegria, a narrativa do personagem que não tinha voz nos outros escritos. A história, antes contada apenas na visão de Isa, passou a ter mais dinâmica quando Heitor resolveu mostrar sua opinião também, e assim, houve um casamento perfeito entre as vozes dos dois personagens, que narram juntos uma história de amor, mistério e muita aventura.
Enfim, acho que o trabalho final deverá ser avaliado por cada leitor que se identificar com o livro, e por agora, como me sinto só com a ausência da companhia de Isa e Heitor, começo em outro projeto, que por enquanto não posso dizer muito, mas até o momento batizei-o de A Cura.

4 comentários:

  1. Chique demais Amanda!! Um lindo dom que Deus te deu!!

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  2. @Sara Gabrielle Com certeza Sara, que ele continue iluminando nossos passos!!!
    Abraços*__*

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  3. Gostei do post... Faz a gente querer saber muito mais desta sua vitória. Quero muito ler seu livro!
    Abraços Amanda!
    ;)

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  4. @Matheus Gaudard Obrigada Matheus, e sucesso com o seu livro também!!!
    Abraços*_*

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