Cronicas da Minha Vida


Como aprendi a nadar

Eu nunca vou esquecer do dia em que aprendi a nadar. Eu tinha uns seis anos, era domingo de sol e calor e a minha tia Ivete nos levou para brincar no clube; minhas primas, minhas duas irmãs e eu. Eu morava em uma cidade pequena e nunca tinha ido ao clube, estava acostumada a brincar nas cachoeiras da fazenda da minha avó, bem no raso, mas quando me deparei com uma piscina que aos meus olhos era maior que o mar, e com três tobogãs, meus olhos brilharam de imediato.
Subi as escadas do tobogã menor, dei uma volta escorregando junto com as águas que corriam nele e caí na parte rasa da piscina, foi o máximo, mas eu queria mais. Logo estava no segundo tobogã, que ficava entre o pequeno e o grande, mas eu não me contentei com esse também. O pior de tudo era que o tobogã gigante era para os adultos, pois as suas águas caiam na parte mais funda da piscina, até parece que isso iria me impedir! Era o tobogã mais legal e nenhum adulto se importava com ele, mas eu tinha um plano. 
O Tobogã vermelho, com voltas e mais voltas estava vazio. Convenci a minha irmã mais velha, Aline, a me ajudar na minha empreitada, eu era teimosa e ela sabia que era mais fácil concordar comigo. Eu subi a escada bem devagar, degrau por degrau, ficando cada vez mais longe do chão e vendo a água dançar lá embaixo. Eu dei um sorriso antes de sentar e sentir toda a adrenalina tomar conta do meu pequeno corpo.
Aline ficaria me esperando na água para me apanhar assim que eu caísse, pelo menos esse era o plano, mas a água que jorrava do tobogã estava tão forte, que quando eu fui jogada na piscina, Aline foi lançada para muito longe de mim. Eu percebi que o meu plano tinha dado errado quando já estava no fundo da piscina, engolindo água com gosto de cloro, comecei a me debater na água até que um senhor me puxou pelo cabelo e, com olhos grandes e vermelhos por causa do sol, perguntou se eu estava afogando. Tá, eu sei que uma criança normal se agarraria nele até que estivesse no lado raso da piscina, mas além de teimosa eu era muito tímida mesmo, eu simplesmente disse um não a ele, enquanto me via afundando de novo naquela piscina, talvez eu preferisse morrer afogada do que morrer de vergonha, mas como já disse em outras histórias que os meu anjos nunca me abandonam, acho que consegui chegar ao lado raso da piscina com a ajuda deles, minha irmã continuava me procurando, enquanto do outro lado da piscina eu exibia um sorriso altivo, não tinha morrido de vergonha e não tinha morrido afogada, pelo contrário, estava morta de alegria por ter aprendido a nadar.
Amanda Vieira:)

6 comentários:

  1. É, Deus sempre tem guardado sua vida. Teimosa,né? rs

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  2. Com toda certeza Deus está sempre comigo!!!

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  3. Boa Noite, Amanda: gostei muito do seu original aprendizado de natação.
    Muito mais deste blog tão singelo e acolhedor.
    Um Grande Abraço,
    Sisino Pereira de Souza.

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  4. Muito obrigada pelo carinho e apoio, SISINO PEREIRA DE SOUZA, bem sabemos que a vida é uma arte, então, por que não tirar proveito disso?
    Um grande abraço pra você também, fica com Deus e volte sempre.

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  5. Haha. Adorei! Eu ainda não sei nadar (eu sim, morro de vergonha disso!) e já tentei, mas só faço fiasco. Por isso, só digo que não quero ir tão fundo, rsrs. Adorei que você comentou sobre os anjos estarem contigo. Concordo totalmente e fico feliz que você acredite fielmente neles, assim como eu :)

    Beijão!

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  6. Ah, Gabi, acho que você vai ter que aprender um dia! Mas não se preocupe não, como vc acredita em anjos, tenho certeza que eles também a protegerão.
    Fica com Deus,
    Bjokas no coração:)

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